A Dança do Gotejar Noturno e o Céu Molhado do Nosso Amor

No céu noturno um negror melancólico

e a chuva que respinga é o som vazio,

nostalgia reverbera em céu sem estrela

enquanto a lua é a luz prateada em obducto.

No céu noturno a lembrança d’outra vida

e a chuva que respinga é fonte, insensatez;

e a tijuca que ribomba em som de trovão

traz de volta a alma escassa, assombração.

No céu noturno o plúmbeo firmamento

e a chuva que respinga é minh’oração,

poesia titubeia no parapeito da janela

intercalando o verbo do amor e a sensação.

No céu noturno o relampejo e o corisco

e a chuva reflete um brilho desofuscado,

o verso segue o gotejar crasso intermitente

volitando em adejar límpido da minha mente.

No céu noturno o véu soturno apaixonado

e a chuva é a veste que umedece nosso amor,

o gotejar é a música dos corações apaixonados;

corações embriagados nessa dança de nós dois.

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 26/11/2014
Código do texto: T5049055
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