A Gente, o Tempo e as Águas

No calor do céu estrelado
Aquelas almas procuram um rio
No fogo que as lançam em voo elevado
E se aloja no peito já sem frio

E se abrigam no abraço do dia
E em tantos carinhos se perdem
Sem promessas, em voltas se adia
E se o tempo passa não medem

O quanto de tempo ainda resta para amar
E segue o rio da vida em cujas torrentes
Se movem a cada evento a configurar
O quadro que afinal é de toda gente

As lidas são fartas e displicentes
Dando a cada dia mais conteúdo
Nas levadas do sentimento sem correntes
A negação até parece grande o absurdo.

In: 'A Gente, o Tempo e as Águas' poesia de Ibernise.
Barcelos (Portugal), 14NOV2014
Ibernise
Enviado por Ibernise em 26/11/2014
Código do texto: T5049252
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