SILÊNCIO

Dentro do meu silêncio

Alimento-me...

De paz, vitalizo-me

No meu silêncio eu me escuto!

Aconselho-me...

Somo; Corro; Moro e Vivo;

Momentos de taciturnidade...

Silêncio lubrificado de sons.

Dos mais barulhentos aos mais suaves...

Dou meus coices!

Tenho privacidade

Repriso meus segredos

Privo-me de palavras

Organizo as bases

Envelheço e viço...

Gozo e no gerúndio continuo gozando.

No meu silêncio acordo;

Arquiteto;

Choro...

No meu silêncio encontro Deus.

No meu silêncio me transporto

Em viagem e sonhos intermináveis.

No meu silêncio paredes não existem

Meus olhos vêm os seus

em vitalidade e desejo.

Escrito em 25 de novembro de 2014, por Orlando Oliveira.