Perdida
Qual deles escolheu ficar
Depois de sua cota alcançada
E o codinome de vulgar.
Ainda a tempo de se redimir
Perdeste aquele jeito bonito
De garota encantada.
Sua timidez onde ficara
Sua vergonha a mais cara
Desapegou de sua face.
Já não há outro disfarce
Sabes que ficou conhecida
Mulher rodada, da vida
Sem dignidade, sem preço.
Vai dizer o que para seu anjo
Talvez se lamentar, dizer não merece
Portanto, um desequilíbrio infeliz.
Nunca quis ser namorada
Preferia ser amante
Teve apreço, momento de sorte
Alguém que lhe deu um amor forte
Nem assim te conquistou.
Quis outros braços por aventura
De preferência que não fizesse juras
De viver pelo respeito.
Mas hoje chora em sua cama
Pelo erro, pela fama
Nem o perdão pode dar jeito.
Francisco Assis silva é poeta e militar
Email: assislike1@hotmail.com