Porta de vidro
Se me vir passar naquela porta de vidro
Não vai ter meu amor de volta, duvido
Queira parar com seus desafios.
Não pense que seu título de mis
De mulher mais bonita
Leva vantagens e nela acredita
E que pode me humilhar.
Vive me mandando embora
E isso está por um triz
Para que eu descida e dê o fora.
Já não tenho motivo para continuar aqui
Sei que seu desejo é-me ver partir
Para depois mensurar abandono.
Tanto erro a gente comete
Éramos tão grudados feito chiclete
Agora dois pólos positivos
Que quando encontram sai faísca, explosivos.
Não resta mais nada quando o amor acaba
Isso me fez viver como parafuso
Rodando no próprio eixo
Semblante fechado, sisudos e mudo.
Até que um dia chegara o fim
Saí, nem despedida não quis
Era uma madrugada de dezembro
Preferi que ninguém me visse
Fiz uma regressão de tudo que me disse
Coloquei em prático, calado.
Das suas provocações estava farto
Fique sozinha em seu quarto
Pagará tudo antes da morte
Eu, sofrendo ou feliz, estarei no norte.
Francisco Assis silva é poeta e militar
Email: assislike1@hotmail.com