Formosa taça !

Sua boca era qual formosa taça,

Entornei-a por desprezo, pirraça.

Sem lirismo, piedade, amor,

Sem falsidade, ódio, rancor.

As poucas sobras esparramadas

Espalhei pelas turvas enxurradas

Sem destino ou rumo certo.

Fiz-me então outra vez menino

Procurando vivas flores no deserto.

Ouro aquilatado, a céu aberto.

Eula Vitória

01/12/14

Eula Vitória
Enviado por Eula Vitória em 03/12/2014
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