Árvore que acolhe

Do alto tu vês a tamanha beleza

e de baixo suspira com a brisa

o que nos afasta é a frieza do vidro

é a incompreensão dos transeuntes

que á tua sombra guarda as mentes e as sementes vis

Não fazem frutos como d'antes?

Nem perfumes de flores como os de amanhã?

A fumaça das cidades abatem a tua vida?

As faces que te contemplam se abastecem do teu belo bailar?

Beijas árvore, as fumaças e olhas os teus amigos que atravessam as grandes avenidas, pois, não são eles que te regam?

Mas... ensinas também

à serem pacientes e brandos

por esperarem o brilho da aurora

e sentir a brisa companheira

e a sombra acolhedora

Por que o trabalho da semente é compensado com o regato de beleza que escorre dos teus galhos no meu olhar...

Julia Rocha
Enviado por Julia Rocha em 09/12/2014
Código do texto: T5064042
Classificação de conteúdo: seguro