Saison en rose

A água redonda

se queixa,

teu mártir baço.

Saison en rose.

De tantos líquens

a sala permanece inconfundível.

Teu jazigo

-begônias saxífragas papoulas-

Teu lúdico jazigo

teu vaso de carne.

O peito de neon

pois que escorrega bípede

no dorso inalado de pétalas.

Saison en rose.

A sexta tumba

Vira de encontro a corrente.

Gosto de mãos e pólen no parapeito

Ao longe ouve-se o cravo,

E ela ao longe não me ouve.

Heitor de Lima
Enviado por Heitor de Lima em 21/12/2014
Reeditado em 24/01/2015
Código do texto: T5077020
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