O silêncio da noite
O luar
Ao passar pela janela aberta
Toca o espelho
Refletindo sua luz
Iluminando teu rosto delicado
Faz assim fulgurar
Teus lindos cabelos vermelhos
Cintila cada pedacinho do seu sorriso.
Sonhei ser meu paraíso.
Mas lentamente a lua
Resolve deixar
Ser encoberta por nuvens
Insolente com rebeldes adolescentes
Então sinto meu coração se apertar
E vagarosamente
Como que por maldade
Se afasta do espelho
Apagando as chamas
Desses tons de vermelho
E como que por vaidade
Tua imagem vai se desfazendo
Por entre as brumas
E sinto um lagrima escorrendo
Pelo meu rosto
E lembro de ainda não conhecer
O gosto dos beijos
De sua boca delicada
De não saber como são os lampejos
De sentir de sua pele o perfume natural
Mas não faz se de todo mal
E no silêncio da noite
Mergulho enfim
A buscar a ti
Que por entre névoas
Dos meus pensamentos
Onde foste desaparecendo
Então ao despertar
De outro sonho
A te procurar por todos os cantos
Me ponho,
E em meio aos prantos
Me lembro de que você
Nunca quis estar por lá