DINHEIRO
DINHEIRO
De vil metal é chamado,
Pois costumam apelidar
Com tanto nome engraçado,
Que nem dá pra decorar.
Sendo vil, é abominável,
E o dinheiro é caluniado.
Se fosse assim execrável,
Não seria ambicionado.
Todo mundo a procurar
O vil metal desejado,
Fingindo até desdenhar,
Como se fosse um pecado.
De mil formas é guardado,
Em moedas ou papel.
Mas, para tê-lo aumentado,
"Giram mais que carrossel."
Quem não fica preocupado
Quando o dinheiro é escasso?
Coração quase parado,
Já nem bate no compasso.
Mal conseguem respirar
Com aquele pedido chato.
Se tiverem que emprestar:
"Não me sobra nem pro gasto!..."