O Poeta Caído
Caminhava sem destino,
Vazio.
As alpercatas gastas,
Seus ombros pesados,
Seus pés calejados,
Sua alma quebrada.
Uma sombra do que fora
Apenas cacos de homem
Sem vida,
Sem rima
Um poeta caído,
Machucado e vestido em trapos
Sem inspiração, sem respiração
Tão inútil!
A vida não mais sorria,
E assim ele seguia
Metade do que fora, quebrado e esquecido no meio daqueles que mais o amaram.