Amarelo efêmero

De um amarelo preto

Alegria também acaba cinza,

Morte é o objetivo final da vida.

Querem mudança radical

No mundo.

Não mudam,

Apenas troca-se a fala.

Eu busco verdades

Mas sei que não há verdade absoluta entende cacete?

Não há nenhuma verdade,

O que vejo (sinto) é realidade?

O que é realidade?!

Não vejo mentiras

Pois não há respostas!

Estou à deriva, insisto:

Veja minha alma nua.

Transe meu espírito.

A única coisa que tenho,

É eu ser.

E sou eu.

Sem definições,

Sem regras,

Sem classificações,

Cheio de preconceitos,

Coberto de medos,

Cheio de estar vazio!

Ainda luto por utopias

Uns precisam de mais dinheiro,

Outros de falsas promessas

Para esquecer

A desgraça do mundo.

O amor me dá sofrimento

Por me fazer ver (sentir)

A dor de outros.

Ensimesmando, lembro-me

Que a cada segundo de vida

Perco um segundo pra morte.

Gosto de doença

Da fome

Do frio e da paixão.

Gosto de alimentar os ácaros do meu quarto...

Mas aprendi a ter vida eterna

E agora, a morte é meu único destino concreto.