ALMA DE POETA
Não sei se é possível
Mais sei que posso tentar
Deixar nas linhas e letras
Coisa que eu não consigo falar
Assim é meu jeito de vida
Minha maneira de me expressar
Como o aluno na escola
Nós verbos a conjugar.
A caneta vai correndo
É difícil de acompanhar
Palavras do pensamento
Que me calam a pronunciar
Só a voz da consciência
Eu controlo pra me julgar
E quando as letras não afloram
Sinto que estou fora do ar.
A folha vai se acabando
Mas não consigo terminar
Vai diminuindo as letras
Tentando o curso findar
Mas continuam me invadindo
Incessantemente sem parar
Talvez outra vá acabar.
Assim é a alma de poeta
Sempre a perfeição a buscar
Descrevendo os sentimentos
Que não consegue expressar
É a alma que mais sofre
Por tantas descrições ocultar
Errôneo seu passageiro
Sem saber o rumo a tomar
Às vezes passa sorrateiro
Deixando dúvidas no ar
E a pergunta fica no vento.
Quando as letras vão voltar?