ALMA DE POETA

Não sei se é possível

Mais sei que posso tentar

Deixar nas linhas e letras

Coisa que eu não consigo falar

Assim é meu jeito de vida

Minha maneira de me expressar

Como o aluno na escola

Nós verbos a conjugar.

A caneta vai correndo

É difícil de acompanhar

Palavras do pensamento

Que me calam a pronunciar

Só a voz da consciência

Eu controlo pra me julgar

E quando as letras não afloram

Sinto que estou fora do ar.

A folha vai se acabando

Mas não consigo terminar

Vai diminuindo as letras

Tentando o curso findar

Mas continuam me invadindo

Incessantemente sem parar

Talvez outra vá acabar.

Assim é a alma de poeta

Sempre a perfeição a buscar

Descrevendo os sentimentos

Que não consegue expressar

É a alma que mais sofre

Por tantas descrições ocultar

Errôneo seu passageiro

Sem saber o rumo a tomar

Às vezes passa sorrateiro

Deixando dúvidas no ar

E a pergunta fica no vento.

Quando as letras vão voltar?

MZZ
Enviado por MZZ em 02/06/2007
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