BAILE DE ASAS
Alimente as borboletas
com a sensação interior.
Chame de liberdade ou de poesia.
Nesse baile de asas revele a fantasia, o torpor.
As palavras bailarinas têm o dom de polinizar,
mas não se dão a quem não se entrega
a abstratas composições para a luz emanar.
A musa observa o nada,
para ela a essência do nada é beleza
e dele tira vida e substância que exala,
sendo crisálida ou borboleta,
está fadada ao voo e dança de asas.