meu frenesi

um doce de agosto

que provei no carnaval:

não foi fácil ir adiante

mas, naquele Natal

não mais distante

bem ali...

ok, vou explicar meu enredo:

zoavam o menino vesgo,

que eu não via que era vesgo

porque eu tinha um deficit de atenção

e, em certo recreio

quando abri

o coração

à maresia...

que, igual às conchinhas mentirosas

sussurrou o barulho da veia

"a batida do teu coração;

pensa em mim;

vou embora de Brasília!;

é!;

encarei meu pai por você;

não posso viver sem;

um suspiro meu;"

réu confesso

nem sei do que se tratou

naquele sentimento expresso

com tapas na rua

que, amiúde, o tempo

com o tempo, o mudou

diante da vaidade,

o suicídio e o nada!

aos dois, mimados,

pois é, e é

verdade

às outras meninas

e aos outros meninos

"aquelazinha lá"

mas desde sempre

eu achava que eu fosse

a tua namoradinha

adolescentes:

eu, pelos bares

você nos seus ares

sertanejos

distantes beijos

& cortejos

bebidas, enganações

um sentimentalismo

sem ambições

que o coração instigou

mas, mesmo assim

não pensei na tua dor

hum...

primeiro amor

que me deu um olho

e que eu deixei de molho

por que não queria casar

pois, de namoro, eu já tinha horror

porém, não lhe descrevia

o sentimento minucioso

e aquelas raves, tão chamativas...

o primeiro ingresso

foi ele quem me deu

foi quando desloquei o meu eu

e o meu coração

nunca mais foi

teu

até hoje, não sei

se foi amor

se foi loucura

pois hoje, a gente se desconhece

não sinto mais aquela doçura

e aqui, jaz mais uma carta

da nossa mais amorosa

amargura

espero

que o amor

que eu não tive tempo

de te devolver

"aquelazinha lá"

ou aí, do teu lado

apenas te ame

como você

já foi

amado

Gianne Lorena
Enviado por Gianne Lorena em 24/02/2015
Código do texto: T5149190
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