SEM POSTAGEM SUA

Tu bem entendes dessa fome,

percorre todos os cantos desse chão,

e jaz se dela toma, consome!

Neste plano, nesse caminho do nada,

sem postagem sua

Sem imagem, sem mim

Sinto o frio da lâmina atravessar o meu corpo

E nesta a morte de um não, de um sim.

Eu olho esta página vazia querendo

estar por traz dela,

Passar e tocar-lhe der repente!

Bem perto assanhando o seu juízo.

Mas, calam meus lábios as palavras,

em meu infinito a loucura,

Repouso meu mundo surdo, relendo

as horas pedidas,

E ás vezes eu tenho vergonha,

Então; eu choro pela ausência faminta que assisto...

*

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Vera Lúcia Bezerra
Enviado por Vera Lúcia Bezerra em 24/03/2015
Código do texto: T5181877
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