caos febril se prolifera, solto
caos febril se prolifera, solto.
do alto do prédio me espanto -
porto alegre urge em desconforto,
vegeto na capital do desencanto.
dose após dose, me desmonto -
não há redenção nem recanto;
a cada vinte uísques pro diabo,
acendo uma vela pro santo.
desancoro-me, enfim, desse porto
ao ouvir, do inferno, um canto.
sôfrego, arremesso meu corpo
e aglomero olhares de espanto.
em meio ao alvoroço, um morto,
entre os prédios, tédios e pranto -
meu rosto desfigurado num porto
que pra alegre falta tanto…