DESATAR O NÓ

Atei o nó de tal modo, que ficou tão apertado,

Que ando há bastantes anos para o desatar,

Sem conseguir, por ter andado mui atarefado

Em construir a minha vida, difícil de edificar.

Quando tento desatar o meu nó, algo acontece

Que me surpreende e condiciona, má intenção

De quem mal me trata, impedindo que eu desate

O nó que me aperta que eu considero disparate.

Este nó que me aperta, é pior que o dos sapatos,

É mais difícil de desatar, não depende só de mim,

Depende de alguém bem intencionado que ajude

A desatar o meu nó, como se estivesse no aljube.

Sensação a minha de que nunca irei concretizar

O meu desejo desde sempre, de viver sem o nó

Que tenho bem apertado, apesar de me revelar

Merecedor de viver livre para poder a vida amar.

Para aliviar o aperto deste nó que não me deixa,

Ocupo o meu tempo a escrever a minha poesia,

Que ofereço aos meus amigos sinceros, virtuais.

Que se revêm nos meus poemas e me são leais.

Ruy Serrano - 27.03.2015

Ruy Serrano
Enviado por Ruy Serrano em 27/03/2015
Código do texto: T5184798
Classificação de conteúdo: seguro