POESIA QUE ME ARREBATAS
Tu que me arrebatas da calmaria
quando amanhece o dia.
Me fazes criar, sonhar, escrever
e repetidas vezes te ler.
Até te entender.
Tu que me arrebatas todos os dias
me arrancas da alma a sinfonia,
do entender sentimentos, pura magia,
Fazer a dor virar Poesia.
És tu que me arrebatas
Alma de Poeta introvertido,
acha o mundo colorido.
O viço da flor com a alegria,
o despertar dos meus sentidos.
Poesia.
Tu que me arrebatas Poesia,
me deixas sonhar, ter alegria
Ser criança a engatinhar,
ser jovem ao final do dia.
Todos os dias me arrebatas
Poesia que me arrebatas
me retiras com violência,
da minha incoerência
de Poeta sonhador.
Toda a Dor.
O Mundo não é doce isso eu sei,
mas por onde quer que andei,
deixei ficar alegria,
às gentes que encontrei.
Poder que arrebatas
Me fazes ser sonhador,
tranformas a minha Dor.
Em palavras, em Poemas,
em palavras tão pequenas.
Tamanha a tua amplitude.
Não tenho outra atitude
que pegar Pena e Papel.
Fazer o Fel virar Mel
A Dor e a Doença, Saúde.
Poder que me arrebatas.
Poesia que me arrebatas.
Poesia sou teu prisioneiro.
Mesmo não sendo o primeiro,
também sou teu por inteiro.
E nesse encanto de criança,
a Poesia vem e balança,
Na corda da vida e me encanta.
Balança, é destemida
Me faz prisioneiro, inteiro
me faz do alecrim o canteiro
Do passarinho, seu ninho,
me faz voltar a ser menino,
e acreditar na Esperança.