POESIA QUE ME ARREBATAS

Tu que me arrebatas da calmaria

quando amanhece o dia.

Me fazes criar, sonhar, escrever

e repetidas vezes te ler.

Até te entender.

Tu que me arrebatas todos os dias

me arrancas da alma a sinfonia,

do entender sentimentos, pura magia,

Fazer a dor virar Poesia.

És tu que me arrebatas

Alma de Poeta introvertido,

acha o mundo colorido.

O viço da flor com a alegria,

o despertar dos meus sentidos.

Poesia.

Tu que me arrebatas Poesia,

me deixas sonhar, ter alegria

Ser criança a engatinhar,

ser jovem ao final do dia.

Todos os dias me arrebatas

Poesia que me arrebatas

me retiras com violência,

da minha incoerência

de Poeta sonhador.

Toda a Dor.

O Mundo não é doce isso eu sei,

mas por onde quer que andei,

deixei ficar alegria,

às gentes que encontrei.

Poder que arrebatas

Me fazes ser sonhador,

tranformas a minha Dor.

Em palavras, em Poemas,

em palavras tão pequenas.

Tamanha a tua amplitude.

Não tenho outra atitude

que pegar Pena e Papel.

Fazer o Fel virar Mel

A Dor e a Doença, Saúde.

Poder que me arrebatas.

Poesia que me arrebatas.

Poesia sou teu prisioneiro.

Mesmo não sendo o primeiro,

também sou teu por inteiro.

E nesse encanto de criança,

a Poesia vem e balança,

Na corda da vida e me encanta.

Balança, é destemida

Me faz prisioneiro, inteiro

me faz do alecrim o canteiro

Do passarinho, seu ninho,

me faz voltar a ser menino,

e acreditar na Esperança.

Nelson Tavares
Enviado por Nelson Tavares em 29/03/2015
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