Vícios Inconsequentes

Enquanto o desespero me toma

Pego a lâmina e trago o sangue à tona

Não tenho escapatória desse vício

Que aquece meus pulsos quando estão frígidos

Para esquecer a dor, tenho a garrafa

Engulo os tragos sofregamente

Acalmando meu peito que arfa

Tirando a agonia que assola minha mente

Logo que sucumbo à ansiedade

A maconha esconde a verdade

Ondas de prazer tomam meu corpo

Deito e relaxo com um sorriso frouxo

A energia eu obtenho com a cocaína

O pó me tira da letargia

Triplicando o efeito da anfetamina

Afastando de mim a apatia

Os vícios de minha vida inconsequente

Atos com a morte convergentes

Confortam minha alma de agonia

Eis a minha eterna anestesia

Gocht
Enviado por Gocht em 01/04/2015
Código do texto: T5191709
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