Vícios Inconsequentes
Enquanto o desespero me toma
Pego a lâmina e trago o sangue à tona
Não tenho escapatória desse vício
Que aquece meus pulsos quando estão frígidos
Para esquecer a dor, tenho a garrafa
Engulo os tragos sofregamente
Acalmando meu peito que arfa
Tirando a agonia que assola minha mente
Logo que sucumbo à ansiedade
A maconha esconde a verdade
Ondas de prazer tomam meu corpo
Deito e relaxo com um sorriso frouxo
A energia eu obtenho com a cocaína
O pó me tira da letargia
Triplicando o efeito da anfetamina
Afastando de mim a apatia
Os vícios de minha vida inconsequente
Atos com a morte convergentes
Confortam minha alma de agonia
Eis a minha eterna anestesia