Se você não me entende, leia-me

Poesia minha, mais deles do que minha, mas nossa do que deles.

Ah! Poesia minha!

Mais noite do que dia, mais fria do que quente, mais triste do que sorridente!

Poesia que derrama nas tristezas, que abraça minhas alegrias.

Que morra em mim a vontade do amor,

Mas que não morra em mim a vontade intensa de escrever.

Que seja de mim, que seja de nós ou que seja só de você!

Já avisei tanto para não me levar a sério,

Pois o que minha boca profere pode não ter veracidade.

Mas o que a pena transfere para o papel amarrotado

É um composto químico de sentimentos em verdade.

Toda vez que venho aqui me sinto um artista,

Às vezes um bom soldado outras um soldado nazista

E poucas vezes um amante de fato.

Sou tudo quando escrevo, sou mal, sou bom, sou um deus ou o diabo!

Sou limpo, sou sujo, liso ou amassado como o papel que aqui escrevo.

Só não sou a vida que anseio,

O que quero é que me leiam, para então mostrar o que sou dentro do que não sou!

Sou vida, sou a morte...

Posso ser a ida de longos passos largados pelos caminhos com pegadas profundas de um passado asqueroso e fétido.

Posso ser a volta de poucos passos, pois na maioria alados em retorno a ti.

Sou poeta, sou pequeno, me misturo e me embaraço em notas tocadas nas letras que aqui vocês me leem.

Apenas isto me revela; apenas isto me acalma, apenas isso me aconchega, apenas isso é minha alma.

Sou só isto, as letras que você lê, pois o poeta não é o importante.

Muito Obrigado!