Da matéria da noite

Da matéria da noite fez-se o dia,

fez-se antes, porém a madrugada,

fez-se o encanto leve, tanto, que flutua,

no horizonte desenhado pela lua.

Da matéria da noite fez-se o espanto

fez-se o medo... a emoção do sentinela

que vigia cada passo, cada vulto

mas não esquece, um só instante, o rosto dela.

Da matéria da noite dama negra

faz-se moldada escultura e fantasia.

na noite pálida se estica a longa estrada...

que vem dormir... sorrindo de alegria

Da matéria da noite fez-se o pranto,

que de dor, pela manhã, se escureceu

e as coisas boas, todas elas, no seu canto,

lembraram-se da paz que se perdeu.

Da matéria da noite fez-se o dia,

teimoso a vir brilhar nas escuridão...

e da matéria prima que era noite,

o dia novo já nasceu na imensidão!!

Nasceu sozinho, sem temor, cheio de riso,

que atrevido!! Desafia o desencanto.

Na coragem... ignorante... apaixonada...

traz na alma um novo ardor... um novo canto!!

Dete Acioli
Enviado por Dete Acioli em 10/04/2015
Reeditado em 16/09/2016
Código do texto: T5202574
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