Detalhista

E me acusas de ser muito detalhista.

De deixar transparecer cada sentimento.

De estampar em mim o que trago na alma.

De escrever tão emocionadamente a ponto de transferir a dor ou amor sentido.

Escreve, escreva mais, foi seu conselho, conte ao mundo, deixe transbordar essa que não cabe mais em si.

Traga a luz essa poetisa, menina, louca, inocente, meiga, mortal, viciante.

Traga-a para mim, para nós, para o mundo.

A desperta para nosso consolo, almas sedentas de rendição

De poesia, de encanto, de perda.

Emocione-nos...

Então, não me peça para parar.

Eu tentei me afastar,

Vede quantos meses não compus?

Vede a falta que me fez.

Vede..

Eu necessito falar.

Necessito desse espaço.

De expressar o que meu olhar grita, o que minha alma silencia.

Preciso vivenciar meu universo contido.

Meu submundo, meu imaginário.

Então não me leias mais.

Não me odeias, mais, pois eu sei que seu ódio se resume em ver aqui o que fui pra ti, em ler aqui o que viveu por mim, esse seu ódio é por reinventar um novo eu de mim.

By Lilyth

Lilyth Luthor
Enviado por Lilyth Luthor em 14/04/2015
Reeditado em 06/08/2015
Código do texto: T5206544
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