= Segundona =
Cinco da madruga
E o despertador o chama
É o dever que bate à porta
Acorda em branco
Ainda zonzo de sono
Senta-se a contragosto
Na beira da cama
Ajeita com os dedos
O desgrenho dos cabelos
Esfrega os olhos
Sacode a cabeça tentando fazer
O cérebro pegar no tranco
Por piedade clama
Lembrando do dia longo que terá
Abarrotado de trampo
Que preguiça, pensa
Sinceridade?
Nesse momento, o que ele
Queria mesmo era que o mundo
Acabasse em barranco
= Roberto Coradini {bp} =
20//04//2015