Poema estrangeiro

Eu me constituo

como um encontro de coisas perdidas e aleatórias

que tão logo se encaixam e formam algum sentido

e já estão a se dispersar novamente

Tento criar forma

No ser flutuante que sou

Mas não me encontro,

Não consigo traçar contornos

Não consigo contruir um corpo

Transbordo em todas bordas

Desabo por todas as abas

E flutuo por entre as idéias bagunçadas

Da essência do não ser