O grande amor

Passo meu tempo numa cabine

Nem tenho muito que sonhar

Os anjos que nos ilumine

Tenho filhos pra criar.

Às vezes a fome aperta o pescoço

E não define qual o lugar

Logo paro e faço o almoço

Quando é noite compro o jantar.

O cansaço me dá fadiga

No posto certo tento dormir

Tomo um banho troco a camisa

Pois daqui a pouco irei partir.

Vivo a rodar o país

Fazendo aquilo que a gente gosta

Duma certa forma feliz

Com sessenta toneladas nas costas.

Numa cidade fico suado

Noutra visto o casaco de frio

Meu gigante dorme carregado

E raramente anda vazio.

Enfrento os perigos da estrada

Pista molhada e cerração

Que me surpreende assim do nada

Redobrando minha atenção.

Se a chuva bate no para brisa

Aciono rápido o limpador

Guardo saudades sob a camisa

No coração o grande amor.

Francisco assis silva é poeta e militar

Email: assislike1@htmail.com

maninhu
Enviado por maninhu em 24/04/2015
Código do texto: T5219096
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