Poema à Rosa
Oh rosa ruidosa,
por que fazes assim?!
Sempre distante de mim,
repetindo-se, repentinamente,
em meu corpo dormente e
vazio de ti!
Oh rosa belicosa,
por que te amedrontas
e preferes este cinza
intenso a um afago imenso
em tua boca
num beijo carmim?!
Oh rosa nebulosa,
por que não matas
a minha fome perpétua
vencendo a inércia deste
quase-sim?!
Oh pura rosa!
Reinventa
nosso (outro e possível)
fim!