Meu testemunho

Nas tábuas podres da ponte

Havia cicatrizes do tempo

Poeira velha vinda do horizonte

E uma velhice como exemplo.

Foi feita ainda nos anos dourado

Quando não se falava em cimento

As toras tiradas bem na mata ao lado

Quais da devastação estavam isento.

O carro de boi era o transporte

Tão forte como um trem de aço

Tanto no sul como no norte

Atravessava rios e riachos.

Neles a agua bem cristalina

Cheio de lambari selvagem

Ia desaguar em outras colinas

Fazendo um zigue e zague durante a viagem.

Hoje o que mais resta dessa história

Como lembrança foi parar no museu

Um passado de riquezas e glórias

Herança que o papai viveu.

Porém tudo foi ficando inundado

O homem matando a nascente

Peixes morrendo envenenado

E o sol ardido agonizando a gente.

Onde era mata virou sertão

O que era uma lagoa soterrou com entulho

Raramente se vê uma gota de chuva cair ao chão

Apenas ouço o trovão fazer barulho.

Francisco assis silva é poeta e militar

Email: assislike1@hotmail.com

maninhu
Enviado por maninhu em 29/04/2015
Código do texto: T5225164
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.