Da Lágrima ao Ultimo Ato
Da Lágrima ao Ultimo Ato
Eu olhei pro lado e não te vi.
Eu precisei de um abraço e não recebi.
Eu gritei bem alto: “estou aqui!”
Emudeci com uma lagrima de ultimo ato; e adormeci.
Acordei com a dor do silencio...
Recordei que no doce há lamento...
Aprendi mais uma fase do confortamento...
E compreendi que os atalhos são meramente armadilhas do tempo.
Tudo na vida tem um motivo...
Ação, reação, condição ou pré-condição.
Nem tudo que é emotivo é instinto...
E as escolhas não necessariamente exigem uma explicação.
Filosofar o problema foi construtivo...
Conclui que lamentar é desperdício.
E o veredito é viver sem medo...
Olhar pro chão e não preocupar-se com o fim do abismo.
Quero apenas pairar...
Como se ao fechar os olhos pudesse tocar o infinito.
É proibido chorar...
Pois ao final de cada túnel existe um solstício.
André Nascimento
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