MARIANA (*)

Mariana, Mariana

De você nunca me esqueço

Será eterno meu apreço

E o amor que lhe dedico

Mariana, Mariana

Eu lhe fiz esta cantiga

Minha paixão é coisa antiga

Não somente um namorico

Eram tempos de criança

De quando a memória alcança

Fofocas na vizinhança

Sobre a secreta aliança

Correr nas ruas de terra

Ver passar o velho bonde

Brincar de cabo-de-guerra

Pega-pega, esconde-esconde

Nas vitrines do armarinho

Qual presente comprar?

Olhava bem quietinho

Eu menino a sonhar

Mariana, Mariana

Bastava virar a esquina

Fogueira e festa junina

Lembra como era bacana?

Carroça passando na porta

Verdura fresquinha da horta

O pão quentinho na venda

Na escola dividir a merenda

Passeios, parques, doçarias

Namoro enternecido

Aquecia as noites frias

Nada parecia proibido

Mariana, quanta emoção!

No escurinho do cinema

Disparou-me o coração

Fiz-lhe um torto poema

Não chore, Mariana!

Volto breve, lhe prometi

Rápido eu descobri

Vida ilude, nos engana

No retorno, num sobressalto

Mariana também cresceu

Para vê-la olho pro alto

Mas meu amor não morreu

Você mudou de repente

Sua calma fez-se em agito

Seduzir a tanta gente?

Às vezes, nem acredito

Mariana, de tanta saudade

Fez feliz a minha vida

Com toda sinceridade

Será sempre a preferida

Mariana, Mariana

Ainda é seu o meu pensar

Permanece soberana

Outra não irei namorar

Mariana, nosso tempo passou,

Não volta o que ficou para trás

Jura de quem sempre a amou

Não a esquecerei jamais

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(*) Mariana é dedicada a Vila Mariana

Pedro Galuchi
Enviado por Pedro Galuchi em 16/05/2015
Reeditado em 16/05/2015
Código do texto: T5243884
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