IANSÃ: EU SOU
Sou espoleta
Menina com florim ardente
Sou o ardil e a beleza das tempestades
Sou o viço doce do vermelho e do goiaba
Que deslizam entre tafetás, rendas e cetins
No bailado de Oyá trovão: imensidão...
Sou a rainha do baile imperial
Entre o cobre que cobre e o violeta que morre
Vento... lampejo... balanço as árvores de Odé
Em seus verdes contornos encantados...
Sou vívida: o tempo... o vento...
Canto mais belo que as cantoras cigarras
Ou que o Rouxinol em seu verde avelã aveludado...
Pois sou e sou a amazona guerreira: Oyá - Kaiango
Eparrei Iansã! a sinérgica energia que sou: eu sou.