Macondo

Que bom é esse cheiro de fantasia que brota de tuas páginas.

Arca de tesouros: histórias, segredos, contatos. Na estante está, aguardando o descobridor de tua famigerada desgraça

Tuas linhas: caminhos descaminhos

Basta ter-te aberto a minha frente e sobre ti debruçarei meus sonhos - castelos (de areia)

Na busca sem fim pela imaginação ilusão.

Meus sentidos te acompanham: pausas. secretas. íntimas.

Contigo passo a me ver refletido: tuas personagens são facetas de quem sou; de quem seria?

As páginas vão chegando ao fim: estou ofegante

O chamado da realidade é tênue, porém insistente.

Fecho a dura capa, mas, por um segundo, novamente, reviverei teus segredos, teus sonhos, tuas estirpes, se meus olhos eu fechar, Macondo...

Murilo Cattaneo
Enviado por Murilo Cattaneo em 24/05/2015
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