NAQUELA FAZENDA...


Onde quase ninguém pode entrar com receio do
Fazendeiro rude, exigente que perdeu o desejo de
Amar como se o mundo estivesse acabado fica
Despreparado, até na cama vazia da nega dedicada
Para não ser posta na rua sem mais emprego encontrar.

Rezas viraram obrigação suplicando a virgem de
Fátima, melhores dias para ali continuar  o povo
Humilde sem rancor pela incompreensão justiceira.
A fartura foi vivida quando o patriarca fez a sua
Passagem para melhor lugar onde reina luz e paz.

Naquela fazenda perto da capital, a criançada
Sonhava sair de lá para estudar, fazer curso de
Economia ou quem sabe uma universidade de música
Para nas festas animar com uma boa sanfona
Branquinha ou de qualquer cor, mas festejar.

Naquela fazenda, antes reinou mais alegria,
Companheirismo com as caboclas e cafuzinhos,
Moradores perto das bandas do cultivado lugar,
Rico de fé, pois Santa Rita de Cássia era a padroeira local.
Fazenda como se fosse terra importada do rico proprietário.


 

 
Gildete Vieira Sá
Enviado por Gildete Vieira Sá em 27/05/2015
Reeditado em 27/05/2015
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