POEMA DO MINEIRO TRAÍDO

Quem co sô?

Um minerim traído.

Doncovim?

Da sodade do meu amô.

Proncovô?

Percurá esdois fidazunha!

Vontá di saí didendimim

puresse mundão de Nossinhora

prá módi percurá o meu amô

qui mi dexô

e cum ôtro foisimbora!

Tô morren di rarva di eu

pur sê frôxo e num tomá providença

quando o meu amô siscafedeu

e dexô eu nessa sofrença!

Si eu incontrasse ocêis, muleca,

cum a rarva qui agurinha eu sinto...

docê, eu custurava a perereca;

do cabôco, eu cortava o pinto!

Adispois di vingá a disfeita

meu coração ia sussegá...

Aí eu vortava pra mia tristeza,

cum a promessa de não mais amá!

Alexandre Brito - 29/05/2015 - 15:19

Alexandre Brito
Enviado por Alexandre Brito em 29/05/2015
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