Visão Contestada

Visão contestada pelos sacerdotes

Do templo que reluz na entrada, nos arredores

Dos malabaristas e seus dotes

Que andam nos corredores

Voando ao encontro de quem corre,

Escorre desesperado, de porre

Estremecendo os cabelos dos vendavais brancos

Dos ladrões, das chuvas torrenciais nos bancos

Da praça de uma nebulosa qualquer

Sem uma serpente, sequer

Pendendo para o lado que não se quer

Pender os pensamentos

De desalentos

Desatentos

E desarrumados pelos ventos

Dos rebentos

As lamúrias lamentavelmente sorriem no escuro

Da estrada mais contestada que a visão

No muro

Mais sombrio que a escuridão

Da estrada, essa mal-amada

Minha amiga depravada

Devastada pelos raios do Sol que deixou a Lua por um pedaço de terra

Que cada vez mais se aterra.

Bruno Carrera
Enviado por Bruno Carrera em 23/06/2015
Código do texto: T5287567
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