Visão Contestada
Visão contestada pelos sacerdotes
Do templo que reluz na entrada, nos arredores
Dos malabaristas e seus dotes
Que andam nos corredores
Voando ao encontro de quem corre,
Escorre desesperado, de porre
Estremecendo os cabelos dos vendavais brancos
Dos ladrões, das chuvas torrenciais nos bancos
Da praça de uma nebulosa qualquer
Sem uma serpente, sequer
Pendendo para o lado que não se quer
Pender os pensamentos
De desalentos
Desatentos
E desarrumados pelos ventos
Dos rebentos
As lamúrias lamentavelmente sorriem no escuro
Da estrada mais contestada que a visão
No muro
Mais sombrio que a escuridão
Da estrada, essa mal-amada
Minha amiga depravada
Devastada pelos raios do Sol que deixou a Lua por um pedaço de terra
Que cada vez mais se aterra.