MINHA CELA!
Dentro da minha alcova
Cobiço minha alegria;
Multiplico a minha fé;
Só Deus como companhia...
Na cela do meu eu,
Inspiração e veemência
Quero muito um julgamento
Sem dor nem penitência...
Na cela do meu eu,
Canto minha solidão
Faço dela companheira,
Amiga da ilusão...
Na cela do meu eu
Sou plangente sem arco-íris;
Longe de mim a solidão
Meu baião é minha essência...
Na cela do meu eu
Não existe o faz de conta;
Cabo de guerra dói às mãos;
Quanto mais na insistência...
Na cela do meu eu
Quero sempre um pouco mais;
Permitir a liberdade;
Sem se quer olhar pra traz...
Meu asilo minha esperança.
Escrito em 26 de junho de 2015, por Orlando Oliveira.