A transviada

A prostituta anda

por ruas tortas,

a subir ladeiras.

Sua voz tem cores de mágoa.

A vergonha faz gemer o corpo,

massa anódina,

com dor

e sem consolo.

Ela quer exorcizar,

com canções exalando sangue,

o medo do próprio existir.

Fábio Stoffels
Enviado por Fábio Stoffels em 16/06/2007
Reeditado em 19/06/2008
Código do texto: T529729