A transviada
A prostituta anda
por ruas tortas,
a subir ladeiras.
Sua voz tem cores de mágoa.
A vergonha faz gemer o corpo,
massa anódina,
com dor
e sem consolo.
Ela quer exorcizar,
com canções exalando sangue,
o medo do próprio existir.
A prostituta anda
por ruas tortas,
a subir ladeiras.
Sua voz tem cores de mágoa.
A vergonha faz gemer o corpo,
massa anódina,
com dor
e sem consolo.
Ela quer exorcizar,
com canções exalando sangue,
o medo do próprio existir.