Até, próprio inferno

Aqui nos despedimos,

Desintegra-se em você aos poucos;

Abraça-o como se fosse em novela;

Pede último beijo, aparenta sufoco;

Não obtém, é trancado, então, na cela.

Trancafia-se o seu próprio inferno;

Ao deixar de ser controlado por seus desejos;

Passando a viver e de subalterno;

volta a ser chefe de si, gozando seus ensejos.

Observo-o consumindo-se sem seu hospedeiro,

Implorando-lhe, intentando ser você;

Para que possa torná-lo templo vazio;

E com o tempo vir a retomar seu viver.

Fazendo conquistas tornarem-se rios;

De lamentações que se consomem em você;

Tornando-o levante que não tem mais brilho.

Thiago José
Enviado por Thiago José em 04/07/2015
Reeditado em 06/07/2015
Código do texto: T5299461
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