Cais da Felicidade

Foram tantos os sonhos desbotados
Sob o sal do abandono sem medidas
Que hoje incógnitos são os caminhos
Capazes de reconduzir à esperança.

Áridas estradas desprovidas de flores
Réquiem diário indiferente ao pranto
Silêncio suportado entre frias paredes
Almas aprisionadas em tantas redes.

Sob a fraca chama de amareladas velas
Fantasmas do ontem povoam o tempo
Tormenta diante dos ausentes abraços
Solidão oculta nos sorrisos plastificados.

Velejam assim tantas almas abnegadas
Sob o manto da agonia que as envolve
De teimosas superam as adversidades
À procura do ilusório cais da felicidade.


Ana Stoppa
Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 08/07/2015
Código do texto: T5304509
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