desfragmentado

deixei o vulto tranquilo da tua ilusão

penetrar os meus sentidos perdidos

e sonhei de novo abraçar o infinito

nos teus lábios húmidos e apetecidos

rompendo a minha boca e todos os medos

soletrando a palavra vida com todas as sílabas

vogais e consoantes sem métricas medidas

e fugi aterrada ao vulto tranquilo do silêncio

escondido no canto de um auto destino

guardado num baú de uma nau naufragada

o teu vulto é miragem no sonho perdido

para assombrar o meu destino ferido

no corpo de um ser capaz e tranquilo

numa sociedade vendida ao quilo

por cada fragmento que é bandido

ana'Carvalhosa

30/06/15

anacarvalhosa
Enviado por anacarvalhosa em 15/07/2015
Código do texto: T5311488
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.