Tráfego
A moça no ônibus tem um Lemynski.
Tem um Lemynski de capa amarela.
Olho para ela, sorrio para o livro, cumprimentando-o.
Ela fica sem jeito. Olha-me de viés.
Entrego-lhe o celular com o poema aberto a plena janela
e ela sorri bonito.
Deve ser coisa das mais estranhas
topar com poeta de rua.
A moça no ônibus tem um Lemynski.
Tem um Lemynski de capa amarela.
Olho para ela, sorrio para o livro, cumprimentando-o.
Ela fica sem jeito. Olha-me de viés.
Entrego-lhe o celular com o poema aberto a plena janela
e ela sorri bonito.
Deve ser coisa das mais estranhas
topar com poeta de rua.