A propósito de um poema de Manoel de Barros
Poetas de salão recitam versos traçados a régua e compasso
Enfunando o peito como velas
de barcos seguros de porto.
Poetas de rua, na sarjeta sonhamos
partilhando o álcool e a guimba,
os homens amando as perdidas e as mulheres,
os perdedores.
Vagamos pelo mundo feito catadores em lixão,
juntando no embornal de sonho
o lixo reciclável da poesia.
Poetas de salão recitam versos traçados a régua e compasso
Enfunando o peito como velas
de barcos seguros de porto.
Poetas de rua, na sarjeta sonhamos
partilhando o álcool e a guimba,
os homens amando as perdidas e as mulheres,
os perdedores.
Vagamos pelo mundo feito catadores em lixão,
juntando no embornal de sonho
o lixo reciclável da poesia.