A propósito de um poema de Manoel de Barros


Poetas de salão recitam versos traçados a régua e compasso
Enfunando o peito como velas
de barcos seguros de porto.

Poetas de rua, na sarjeta sonhamos
partilhando o álcool e a guimba,
os homens amando as perdidas e as mulheres,
os perdedores.

Vagamos pelo mundo feito catadores em lixão,
juntando no embornal de sonho
o lixo reciclável da poesia.
Srta Vera
Enviado por Srta Vera em 16/07/2015
Reeditado em 16/07/2015
Código do texto: T5312670
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