No elevador

Aquela princesa estranha

Que surgia assim de repente

Que palpita os olhos e assanha

Os minúsculos desejos da gente.

Chega exibindo em cada passo

Um rebolado excitante

Lapidando em beleza o espaço

Com seu sorrir cativante.

Tem a pureza de uma flor

Os lábios extremos e brilhantes

Quando adentrava no elevador

Sonhava um dia ser seu amante.

Todos os dias naquele horário

Ela vinha para o trabalho

Cumprir seus afazeres diários

Sem nenhuma mudança de atalho.

Mas aquele instrumento de subida

Parecia pra ela predileto

Chegar até sua lida

Também levava seus admiradores secretos.

Dentre eles um era eu

Que por disfarce não assumia

Vivia um sentimento tal qual Romeu

Respirava ela enquanto dormia.

Isso era um prazer para a matéria

Ao saber de sua existência numa sala ao lado

Porém quando ela sair de férias

Tudo isso vai perder o significado.

maninhu
Enviado por maninhu em 23/07/2015
Código do texto: T5321363
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