ERA OUTONO

Como as árvores no outono,

Onde suas folhas caem uma a uma,

Vejo-te agora derramando lágrimas, uma por vez,

Em sequência, e em estranha timidez.

Lágrimas há de surgirem quando o coração não mais aguenta,

E então pergunto-te qual a razão para elas virem à tona,

E vejo-te desalento, longe em pensamentos,

Sentindo apenas a leve brisa do vento.

Quando consegues prosseguir,

Dizes a mim que não há mais tempo a perder,

Não com ele, não com aquilo,

E naquele momento sigo outro caminho.

Sangue fervilhando e cabelos ao vento,

Tento desvencilhar-me dos últimos momentos,

Com pensamentos rápidos e confusos,

Na tentativa de partir para outro rumo.

Silveny Meiga
Enviado por Silveny Meiga em 24/07/2015
Reeditado em 25/07/2015
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