Corvejar

Os corvos estão vindo

Em meio a noite densa

A meia noite

Já anunciam.

O corvejar

Que se escuta já distante

Asas negras que batem sem parar.

Na escuridão

Entre zumbis e lobisomens

Corvos gritam meu nome.

Voam entre a tenebrosidade

Parecem bailar entre as trevas

Seu véu negro não nega.

O doce chamado da morte me chama

O corvejar nunca me engana

O blecaute em pleno luar

Os corvos mandados para me buscar

Voarei distante em meio ao apagão

Agora nado em meio a lava do tártaro.