poesia de câmara

os olhos abertos

e uma lua parada

estátua de olho vazado e silêncio parado

páprica e sal na pele embotada

boca lacrada sem despedidas

lâminas em corte lento

as linhas da face

florzinhas coroando ao redor

e o véu disfarçando

o abandono ao relento

Alessandra Espínola
Enviado por Alessandra Espínola em 03/08/2015
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