Passagens

Abri em vão

Uma janela na alma

Onde via com calma

Toda a tua decepção

Eu abri sim

Um canteiro no jardim

Um buraco no chão

De um agora florido coração

Abri meu velho porão

E o decorei em teu olhar

Cheio de comoção

E sem deixar de brilhar

Abriram-se então meus pulsos

Deixei o sangue escorrer

Passei a respirar você

E meus sofrimentos de mim foram expulsos.

Luiz Henrique Santos
Enviado por Luiz Henrique Santos em 05/08/2015
Código do texto: T5335391
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.