Envergonhada

Era domingo de manhã

Já havia uma luz radiante no céu

Depois duma longa viagem de vam

Parei para fazer um rapel.

Num local cheio de matas

Orquídeas desabrochando em flores

Cachoeiras lindas com cascatas

Pedras e similares de várias cores.

Agua cristalina correndo ali

Onde os pássaros matam sua sede

E milhares de lambari livres dos anzóis e da rede.

Dentre poucos passos que andei

Notei que corria perigo

Tal qual serpente que deparei

Trocava as vestes naquele abrigo.

Aquela casca da cascavel

De cores brilhantes e rajadas

Batia seu guizo cheio de anel

Mas parecia envergonhada.

Porém continuou se despindo

Mostrando a língua pra mim

Tão lentamente sua pele ia saindo

Ela se lambia toda, enfim.

Depois resolveu ir embora

Discretamente olhava de lado

Deixei meu rapel pra outro dia

Pois seu chocalho deu o recado.

Francisco assis silva é poeta e militar

Email: assislike1@hotmail.com

maninhu
Enviado por maninhu em 05/08/2015
Código do texto: T5336156
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.