Envergonhada
Era domingo de manhã
Já havia uma luz radiante no céu
Depois duma longa viagem de vam
Parei para fazer um rapel.
Num local cheio de matas
Orquídeas desabrochando em flores
Cachoeiras lindas com cascatas
Pedras e similares de várias cores.
Agua cristalina correndo ali
Onde os pássaros matam sua sede
E milhares de lambari livres dos anzóis e da rede.
Dentre poucos passos que andei
Notei que corria perigo
Tal qual serpente que deparei
Trocava as vestes naquele abrigo.
Aquela casca da cascavel
De cores brilhantes e rajadas
Batia seu guizo cheio de anel
Mas parecia envergonhada.
Porém continuou se despindo
Mostrando a língua pra mim
Tão lentamente sua pele ia saindo
Ela se lambia toda, enfim.
Depois resolveu ir embora
Discretamente olhava de lado
Deixei meu rapel pra outro dia
Pois seu chocalho deu o recado.
Francisco assis silva é poeta e militar
Email: assislike1@hotmail.com