SONETINHO DA DESILUSÃO

- SONETINHO DA DESILUSÃO -

INTERAÇÃO AO SONETINHO TORPE, de PUETALÓIDE

Declamei meu amor, ora sentido,

Um sentimento leal e profundo,

Imaginando-o real e fecundo,

Sendo por ti, também correspondido.

Doce ilusão que se apaga e castiga,

Tanto querer que meu peito embalou,

Como se fora cantigas de amor;

Ledo engano... Gerando intriga!

Oh ilusão... Meu peito marca a fogo,

Sonhos desfeitos... Tido mero jogo;

Que só me traz o descontentamento.

Que morra em mim, enfim, todos os sonhos

Que morra o amor... Poemas enfadonhos

Libertando-me, de ti, o pensamento!

(Aila Brito)

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SONETINHO TORPE

Que morra o amor... - O sentimento -

Esse coisa q'eu um dia declamara tanto

Que foi-me ilusão... - Sublime encanto -

... E agora fadado ao esquecimento.

Que morra o instante, cada momento,

Da alma em querer, em sentir, em confronto.

Em supremo sonhar. E por espanto...

Alegre... Feliz... Em contentamento.

E ainda q'eu siga pela vida sem rumo,

Sem giro, sem tino, sem mira, sem prumo,

Ou seja minh'alma, infeliz, descontente...

Que seja-me dado, em momento oportuno,

A morte dos sonhos. E em fração de segundos,

A morte do amor... Definitivamente!

(Puetalóide)

Aila Brito
Enviado por Aila Brito em 09/08/2015
Reeditado em 18/05/2023
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