Ainda me lembro

O galo anunciava o dia

Cantando do seu poleiro

E a minha chaleira fervia

Enquanto aguardava o padeiro.

O pão era entregue na porta

Algo ideal que ainda me lembro

Tradição que hoje está morta

Completando alguns dezembros.

A gente pulava cedo

O sol não pegava na cama

E sem essa de luvas nos dedos

Quais atualmente reclamam.

Preparava um café amargo

Deixando a xícara repleta

Meu horizonte era grandioso e largo

E na cabeça planos e metas.

Os passos repetiam rumo ao curral

Para apear o bezerro e a vaca

Tirava o leite quente e natural

Ambos amarrados na estaca.

O dia raiava atrás dos montes

Era hora de pegar o caminho da roça

Entre os sonhos havia sempre uma ponte

No qual passava o cavalo e a carroça.

É de lá que vinha todo sustento

De um dia ver os filhos criado

Parece ser um processo lento

Mas vejo os morrudos e barbados.

Francisco assis silva é poeta e militar

Email: assislike1@hotmail.com

maninhu
Enviado por maninhu em 11/08/2015
Código do texto: T5342850
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